sábado, 4 de outubro de 2008
Um retrato de ilusão
Lembro dos fogos de artifício,
O espelho que me olhava com atenção,
O relógio no pulso que esperava a hora certa chegar,
E meu coração que não sabia a quem amar.
Lembro da noite em vão,
Dos sorrisos esguios e fora do tom,
Exagerados e imbecis,
Feitos para durar.
Os leves impulsos que me aguardavam,
Um amor que surgia devagar em meu e no seu coração,
Para contar uma breve história de ilusões,
Uma passagem pelos tempos de solidão.
Uma sombra que me dividiu em dois,
Um tempo em que a chuva me trazia uma paz que na verdade não existia,
Um calor que me mantinha com os olhos abertos,
Era a vida que me trazia um abraço e um beijo ao cair da tarde.
Em seus olhos eu me prendi,
Em sua boca eu me encontrei,
Em seu abraço eu me deitei,
E em seu coração me enterrei.
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